"Eu nunca irei sentir isso novamente" meus pensamentos livres formaram essa frase, ali... Naquela terça-feira de Carnaval em Fevereiro. Aquela noite me deu a impressão de que eu jamais iria conseguir acertar tão milimetricamente no melhor alvo para mim; não outra vez, além daquela.
Em um mês eu já sabia: o que estava nascendo dentro de mim não era algo dominável. Eu simplesmente não podia refrear; me vi presa entre sentir e aceitar. Minha escolha foi aceitar; embora eu tenha, rigorosamente, recusado-me a sentir.
Cinco meses depois, ainda que não sentindo, eu convivia plenamente com a aceitação de que seria eterno enquanto durasse, e vivia no anseio de que durasse para sempre.
Um ano se passou, e o que era pra sempre, fora da gente, não durou. Festejávamos o dia, no mesmo lugar, porém com menos euforia; pois o amor em mim, eu já sentia. Você passava distante, e eu quase que te odiava naqueles instantes.
Um ano e meio veio, já não sabia se o que eu abrigava em mim, era apenas desespero. Como buscar-te, quando onde estava, era longe o suficiente, para eu nunca mais ouvir o som da sua gargalhada contente?!
Enfim, dois anos. Não faço ideia de onde esteja nesse momento. Mas é, com certeza, pouco provável que esteja pensando em mim; esse é um dos motivos do meu lamento. Mas posso, com todas as forças confirmar, que alguém igual você, eu nunca vou encontrar. Espero que você acredite em mim, pois me lembro bem, de você já ter me dito isso também.
Dois anos e um grande amor! Inexplicável amor! Perfeito amor! Muito, muito, muito amor!
Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei
Cenas do meu filme branco e preto
Que o vento levou e o tempo traz
Entre todos os amores e amigos
De você me lembro mais
Tem pessoas que a gente
Não esquece nem se esqueceu
O primeiro namorado
Uma estrela da TV
Personagens do meu livro de memórias
Que um dia rasguei do meu cartaz
Entre todas as novelas e romances
De você me lembro mais
Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais!
Minha vida - Rita Lee
A maioria dos posts exibidos aqui são de minha autoria, os textos ou músicas já existentes ficam em itálico.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Dramática e patética
Nas promessas, no meu cuidado quase maternal com suas fraquezas, no abandono hesitante de
família, princípios e incertezas, na entrega. Eu faria tudo novamente se recuar não me fizesse te ver atravessar a vida e seguir o caminho oposto ao meu. Eu não sei andar tão rápido assim. Se você me observasse nos últimos meses saberia que abandonei todos os meus vícios, exceto o em você. Se você estivesse comigo nas manhãs de domingo saberia que eu só durmo quando o sol aparece, para não ter que encarar os fatos. Eram nas madrugadas que eu te tinha só pra mim, e agora elas são imensos buracos. Essa cratera quase humana reflete o que eu já previa: sua ausência dói, dor física, que sangra, que produz lágrimas. Elas me consomem e me transformam nisso entre dramática e patética. Me encolho na cama e canto baixinho para afastar os demônios que insistem em dizer que não tem mais volta. Sou deficiente, debilitada e incapaz de seguir sozinha. A queda é iminente e livre, o choro é consequência. Mas antes de tudo, antes de me ensinar a ser amada e a sorrir, você me ensinou a ser forte e rocha. Eu posso sobreviver ao chão. E se não conseguir levantar, me arrasto. Sujo as palmas das mãos, arranho o rosto no asfalto e não grito socorro.
família, princípios e incertezas, na entrega. Eu faria tudo novamente se recuar não me fizesse te ver atravessar a vida e seguir o caminho oposto ao meu. Eu não sei andar tão rápido assim. Se você me observasse nos últimos meses saberia que abandonei todos os meus vícios, exceto o em você. Se você estivesse comigo nas manhãs de domingo saberia que eu só durmo quando o sol aparece, para não ter que encarar os fatos. Eram nas madrugadas que eu te tinha só pra mim, e agora elas são imensos buracos. Essa cratera quase humana reflete o que eu já previa: sua ausência dói, dor física, que sangra, que produz lágrimas. Elas me consomem e me transformam nisso entre dramática e patética. Me encolho na cama e canto baixinho para afastar os demônios que insistem em dizer que não tem mais volta. Sou deficiente, debilitada e incapaz de seguir sozinha. A queda é iminente e livre, o choro é consequência. Mas antes de tudo, antes de me ensinar a ser amada e a sorrir, você me ensinou a ser forte e rocha. Eu posso sobreviver ao chão. E se não conseguir levantar, me arrasto. Sujo as palmas das mãos, arranho o rosto no asfalto e não grito socorro.
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