domingo, 6 de outubro de 2013

Te venero

Mais uma vez eu me arrumei com a certeza de que iria te encontrar. E te encontrei, você foi o primeiro que eu vi naquela multidão. Por um instante pensei em correr para te abraçar, a vontade era grande boa, mas eu tive que me controlar. Mas quando eu te olhava, quando o seu olhar tão frágil se encontrava com o meu, tão decepcionado, eu não aguentava segurar a raiva. Estava ali, limpa, pura, pronta para perdoar e para ser perdoada.
Que amor egoísta, não aceita ser dividido com ninguém. É por você esse amor tão bonito, amor infinito que eu tento não mostrar, mas todo o esforço se torna nada, quando distraída, ouço tua voz, que alegre fala: O meu amor está de volta.
Tão feliz por esse sentimento, te procuro novamente, mas lamento, você já não está ali. Com receio, não desisto, vou em busca do teu sorriso, é bem tarde e depois de tantos olhares, você vira e a abraça, separando nossas metades.
Sozinha eu me ergo, em busca do que mereço, mas eu não consigo, lamento, eu não te esqueço. As musicas já não soam tão alegres, embora eu saiba que lá no fundo, tu, junto a ti, me queres. Nosso corpo é mentiroso, mas nosso olhar, nos deixa entregues.
Eu te conserto, te venero, te espero.

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